TCC 2015

CTCC Bauru- Supervisão em Cursos, Workshops e Palestras.

Este blog é um espaço onde nossos alunos e supervisionandos poderão tirar suas dúvidas e receberem indicações que poderão complementar o seu contínuo aperfeiçoamento como Terapeuta Cognitivo; além de acompanhar a programação atualizada das atividades do CTC Bauru e o programa mensal dos cursos em andamento.



Fale conosco: arnaldo@ctccbauru.com.br

Coordenação: Arnaldo Vicente, Especialista em TC.



terça-feira, 9 de junho de 2015

Chegou a tradução em português do livro de David Burns, um best-seller com mais de 4 milhões de exemplares vendidos!

Acabou de sair do forno! Leia, compreenda e aprenda com David Burns mais sobre o combate eficaz à depressão; um livro tradicional e contemporâneo que com muita criatividade vai ajudar aos que se sentem deprimidos ou que convivam com pessoas que estejam neste estado no momento. Tive o prazer de poder colaborar na apresentação desta obra que muito acrescentou para minha atuação clínica no dia-a-dia e para meu maior entendimento do grande benefício que tem todos aqueles que se envolvem com a Terapia Cognitiva Comportamental. Agradeço a Maíra, Coordenadora deste projeto e diretora da Edipro. Confiram e compartilhem.

Atenção queridos amigos interessados em comprar o livro Antidepressão de David Burns; ele já está a venda nas lojas de Bauru:  Jalovi e Emporio Cultural.
Quem preferir também pode comprar direto com a editora em São Paulo mandando e-mail para pedidos@edipro.com.br.
Em alguns dias também estarão nas grandes redes – Saraiva, Leitura, Cultura, Argumento, Travessa e sites como submarino, americanas, etc. Aproveitem esta oportunidade de aprender uma forma simples para prevenir e ou combater a depressão. Indicado também para as ansiedades, fobias e irritações; além de se aprimorar nos enfrentamentos das dificuldades do dia a dia. Um grande abraço. Arnaldo Vicente.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

sábado, 11 de abril de 2015

Você que não é psicólogo clínico ou psiquiatra, gostaria de poder participar do nosso curso para leigos?

Curso: Aprenda a identificar e lidar com as suas distorções cognitivas e resolva (ou previna) os seus problemas emocional, físico e comportamental.
OBS: muitas pessoas leigas tem me perguntado se poderiam participar de nossos cursos, esta seria uma boa oportunidade.
Caso se interesse, ligue para (14) 3214-3343 e deixe seu nome na lista de interessados, com Vânia. Ou envie seu email para arnaldo@ctccbauru.com.br.
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Distorções Cognitivas - Arnaldo Vicente, 2015.
01- Tudo ou nada - você vê uma situação em apenas duas categorias sem meio termo; e acaba se vendo como uma pessoa perfeita ou fracassada.
02- Catastrofização – você prevê o futuro negativamente sem considerar outros resultados possíveis.
03- Supergeneralização – você vê uma situação negativa isolada como se fosse uma série de situações negativas. 
04- Argumentação emocional - você pensa que algo deve ser verdade porque você ¨sente¨, mesmo desconsiderando evidências contrárias.
05- Leitura mental - você pensa que sabe o que estão pensando de você.
06- Personalização - você acredita que é responsável pelos fatos negativos externos.
07- Cobranças, ¨eu devo, você deve¨ - você tem uma idéia exata estabelecida de como se deve agir e superestima quão ruim é que essas expectativas não sejam preenchidas.
08- Visão em túnel – você vê apenas os aspectos negativos da situação.
09- Filtro mental - você presta atenção indevida a um detalhe negativo e desconsidera o quadro geral.
10- Desconsiderando o positivo – você crê que as experiências, atos ou qualidades positivos não contam.
11- Rotulando – sem observar que as evidências possam ser mais razoavelmente conduzidas a uma conclusão menos desastrosa.
12- Magnificação/ minimização – você magnífica o negativo e/ou minimiza o positivo e pensa que é incapaz de realizar seus objetivos.
13- Euforização - você magnífica o positivo e/ou minimiza o negativo; e pensa que é capaz de fazer tudo dar sempre certo 100%.. Otimismo irrealista.
14- Auto-referência – você crê que o mundo funciona exatamente como você acredita.
As distorções enumeradas de 1 a 12 nesta lista foram concentradas a partir da leitura de vários livros de TCC, principalmente dos doutores Beck e Judith Beck; os de números 11 e 12 foram acrescentados por mim, de acordo com o que tenho encontrado nos meus atendimentos 1999.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Oficina de Pensamento - OSCIP


Oficina de Pensamento -OSCIP
Organização da Sociedade Cívil de Interesse Público. Iniciada na cidade de Bauru-SP-Brasil, no dia 27 de agosto de 2010.

Nossa meta.
OSCIP Oficina de Pensamentos.
Brazil
Nossa meta é incentivar as pessoas sobre a importância de identificar os seus pensamentos automáticos negativos; principais responsáveis pelas alterações emocionais negativas de tristeza, depressão, ansiedade, pânico, euforia, irritação, raiva, ódio, deseperança, entre outras, que influenciam em nossas atitudes no cotidiano; causando açoes individuais, sociais e ambientais indesejáveis e ou destrutivas ao bem estar geral. Nossos pensamentos automáticos sobre os eventos formam e transformam a idéia que temos sobre as nossas capacidades e incapacidades de realizar as nossas metas e os nossos sonhos, porque alteram as percepções sobre si mesmo, sobre o mundo e sobre o futuro. Ou seja, nascemos vulneráveis de fato, mas a percepção que construímos sobre esta vulnerabilidade é fundamental para vivermos com qualidade.
Visualizar meu perfil completo

Primeira diretoria da Oficina de Pensamento, eleita no dia 07 de dezembro de 2010: Presidente: Arnaldo Vicente. 1ª Vice-Presidente: Ana Maria Serra. 2ª Vice-Presidente: Oriana F. Grangel. Secretária: Viviane Nicoliello Siqueira. Tesoureira: Daniele Aiello. Coordenador de Comunicação: Lupércio Zampieri. Coordenador de Expansão: Leandro Grangel.

Incentivadores Internacionais:

Aaron T. Beck, Judith Beck e Frank Dattilio.

Frank Dattilio, PhD, ABPP. Departamento de Psiquiatria. Escola de Medicina de Harvard.Boston, MA, EUA.



" "Oficina de Pensamento é uma Idéia brilhante, nascida através da ação dos mais importantes proponentes da Terapia Cognitiva no Brasil. Este conceito inovador beneficiará a comunidade brasileira, ao introduzir a noção do modelo cognitivo de re-estruturação do pensamento em uma forma de alcance global, que atingirá milhões de pessoas. O conceito primário de monitorar o quê nós dizemos a nós mesmos e como isso afeta nosso humor e comportamento reflete uma habilidade central essencial para navegar pelas águas frequentemente desafiadoras da vida."
"Tal iniciativa, promovida pela OP-OSCIP, também servirá para esclarecer a comunidade em geral sobre o desenvolvimento de novas habilidades, que poderá ter um profundo impacto sobre a qualidade de vida. Eu endosso fortemente os esforços do comitê que propõe esse projeto e espero que venha a ter um impacto substancial na comunidade em geral.”

Frank Dattilio, PhD, ABPP
Departamento de Psiquiatria
Escola de Medicina de Harvard
Boston, MA,
EUA

Abaixo comunicação original à Dra. Ana Maria Serra, 1ª Vice-Presidente da OP-OSCIP, aqui chamada carinhosamente de Vivi.


11/22/10

Oi Vivi,

I hope this note finds you well.

Once again, I wanted to thank you for being a fine host as always. I enjoyed my time in São Paulo, even though I was quite exhausted afterwards. Next week I am on my way to Mexico to conduct a one-day workshop on couples and family therapy at La Universidad de Puebla.

I had an opportunity to review this piece of correspondence that was given to me at the workshop by Arnaldo Vicente regarding OSCIP. I certainly found the general concept of OSCIP to be novel and innovative. I have offered a statement below, which you are certainly welcome to include on the blog (www.opbauru.blogspot.com). I will also authorize you to go ahead and translate this into good Brazilian Portuguese.

You can print the following:

"Oficina do Pensamento is a brilliant idea born from the major proponents of cognitive therapy in Brazil. This innovative concept will benefit the Brazilian community by introducing the notion of the cognitive model of thought restructuring in a global manner, which will reach millions of people. The primary concept of monitoring what we tell ourselves and how this affects our mood and behavior is an essential core skill for navigating the often challenging waters of life. Such an initiative promoted by OSCIP will also serve to enlighten the community at large on the development of new skills that may have a profound impact on the quality of life. I highly endorse the efforts by the committee proposing this project and hope that it will have a substantial impact on the general community."
Frank M. Dattilio, Ph.D., ABPP
Department of Psychiatry
Harvard Medical School
Boston, MA
USA

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Curso de Hipnoterapia Cognitiva: 28 a 29 de maio de 2010.

Apresentador: Dr. Thomas Dowd

A Hipnoterapia Cognitiva reflete uma tentativa de utilizar métodos e modelos da hipnose e da hipnoterapia para modificar conteúdo cognitivo, processos cognitivos e estruturas cognitivas que estão envolvidos no quadros de dificuldades psicológicas. Conteúdo cognitivo refere-se ao conteúdo específico das auto-afirmações ou pressuposições automáticas feitas por pacientes. Processos cognitivos referem-se a distorções de processamento identificadas por Beck e colaboradores (por exemplo, os erros cognitivos típicos de catastrofização, supergeneralização, pensamento dicotômico, personalização, etc.). E estruturas cognitivas referem-se a esquemas mal-adaptativos formados ao longo do desenvolvimento e que fundamentam as cognições tácitas de pacientes. Serão descritos vários modelos teóricos existentes na área da hipnoterapia, modelos cognitivo-comportamentais e modelos de outras abordagens psicoterápicas
Saiba mais clicando aqui.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Beck e Sócrates: o que eles tem em comum?

Considerado um dos cinco psicoterapeutas mais influentes de todos os tempos, Aaron Beck transformou a psiquiatria e psicologia ao redor do mundo. Sua terapia cognitiva demonstrou-se inestimável no tratamento de uma ampla variedade de transtornos. Beck também ajudou a mudar o entendimento e tratamento psicológicos de várias condições difusas como a depressão, ansiedade e transtorno de pânico. Também desenvolveu instrumentos sofisticados para avaliar a severidade de síndromes específicas, fazendo ainda adições originais ao entendimento e prevenção do suicídio.

Aaron Beck nasceu em em 18 de Julho de 1921 nos Estados Unidos. Os pais de Beck eram judeus imigrantes da Rússia. Beck estudou na Brown University, graduando magna cum laude em 1942. Depois estudou na Yale Medical School, graduando em 1946. Em 1953, certificou-se em Psiquiatria, e, em 1954, tornou-se Professor de Psiquiatria da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia. Nos anos 60, criou e dirigiu o Centro de Terapia Cognitiva da Universidade da Pensilvânia. Em 1995, afastou-se do Centro, fundando com sua filha Judith Beck o Beck Institute, em Bala Cynwid, um subúrbio da Filadélfia. Em 1996, retornou à Universidade da Pensilvânia como Professor Emérito, com um grande financiamento do NIMH - National Institute of Mental Health dos Estados Unidos.


As Três Peneiras de Sócrates


Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:
— Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!
— Espera — disse o sábio. Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.
— Três peneiras? Que queres dizer?
— Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?
— Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.
— A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não?
Envergonhado, o homem respondeu:
— Devo confessar que não.
— A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo?
— Útil? Na verdade, não.
— Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti.

O mais sábio dos homens
Sócrates nasceu em Atenas, no subúrbio de Alopeke, 469 anos antes de Cristo. Seu pai era escultor e sua mãe, parteira. O método socrático, como desde antigamente se observou, tinha um pouco das qualidades das profissões de seus pais. Sócrates não impunha o conhecimento, mas à maneira da profissão materna, ajudava para que ele viesse à tona de dentro do discípulo, que o produzia por si mesmo. Sua arte de dialogar, conhecida como maiêutica, provocava aquilo que ficou conhecido como "a parturição das idéias". Por outro lado, sua intenção era a formação autônoma da pessoa. Era converter, à maneira da profissão paterna, uma massa natural e sem forma em uma bela representação individual do espírito. Daí resultava que o conhecimento primordial do homem deve ser o conhecimento de si mesmo.
Embora, pelo que se supõe, não tenha sido discípulo de nenhuma escola filosófica específica, Sócrates certamente sabia de sua existência e compreendia o alcance de suas doutrinas. Sua formação era inata, pessoal, superando o conhecimento de outras escolas doutrinárias provavelmente através de profunda meditação.
Havia em Delfos um templo dedicado ao deus Apolo, onde a sacerdotisa Pítia formulava oráculos, predizendo o futuro aos que o consultavam. Conforme narra Platão em sua Defesa de Sócrates, foi o oráculo de Delfos que um dia afirmou a Querofonte não haver "ninguém mais sábio do que Sócrates". Sócrates tomou isso como uma orientação divina pela qual pautou toda sua vida, dedicando-se incessantemente à tarefa de educador e mestre.
A exposição da concepção lógica e moral de Sócrates é inseparável da narração dos fatos de sua vida, pois sua vida foi a realização, passo a passo, de sua filosofia.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Pergunta: O que ocorre quando se insiste em responder aos: e se...?

Resposta do Supervisor: Geralmente esta pergunta faz parte do repertório das pessoas em ansiedade.
Exemplo; Dúvida: E se eu não conseguir dar uma boa palestra? Resposta: Não há motivo para crer nisto, conheço bem o assunto e estou preparado para falar sobre o tema.
Dúvida: E se...uma pessoa falar sobre um assunto que você não está tão preparado? Resposta: Numa palestra existe uma meta clara e anunciada, ou seja, há uma delimitação sobre o tema. As perguntas fora do tema são frutos da inadequação do ouvinte, estarei tranquilo quanto a isto. Dúvida: E se...você começar a se sentir mal, ou se houver um apagão e o projetor não funcionar, a porta do auditório emperrar..etc?
Na ansiedade o número de perguntas é proporcional a insegurança almejada na situação, ou seja, de 100%! A pessoa em ansiedade busca uma segurança perfeita explorando todas as possibilidades de insegurança que lhe ocorrer, mesmo as menos lógicas. Ao final a pessoa em ansiedade não encontra a resposta que acalma 100% e usa isto como uma evidência de sua incapacidade de sucesso. Quanto mais persegue a segurança, o controle, mais fracassada e vulnerável se sentirá.
Resolvemos isto ficando atento em quanto nosso questionamento ajuda na nossa realização da meta situacional. Estamos sendo produtivos à meta?
Até mais.
Arnaldo.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Pergunta: Como treino minha percepção para compreender os esquemas do paciente?

É importante perceber, ter uma compreensão constante sobre os aspectos cognitivos, emocionais e comportamentais que o paciente nos apresenta no setting terapêutico.
1- Uma forma, que considero um ótimo exercício, é preparamos a sessão nos dando a possibilidade de inferirmos, desde o início do processo, sobre a sua conceituação cognitiva:
- Tendo em mente o paradigma cognitivo de Beck: "Não é uma situação que ..". Isto nos ajudará a lembrar que os fatos narrados deverão esclarecer pensamentos, emoções e comportamentos e reações físicas em cada situação. Podemos, gentilmente fazer perguntas que o estimule a completar os dados ainda não revelados (questionamento socrático).
- Termos em mente a lei da especificidade, de modo que diante de suas dificuldades possamos auxiliá-lo na narração de suas cognições: perda/tristeza, etc.

2- Uma outra forma é fazer relatos pós sessões enfatizando os aspectos cognitivos comportamentais.

3- Outra, que é com certeza a mais eficaz é iniciar a construção do Relato de Caso Clínico (exemplo: o que há no livro da Judith Beck: TC teoria e prática, página 320, editora Artmed.) antes da segunda sessão (início das intervenções). Na medida em que vai preenchendo as seções do relatório é possível ter uma visão mais integrada da pessoa atendida, mesmo no início do tratamento.

Até mais. Arnaldo.

Pergunta: Qual a utilidade da Fórmula de Salkovskis?

A= P x A : E + R

É uma fórmula para intervenção na ansiedade.
Mas também auxilia a diagnosticar e planejar a intervenção específica em um dos quatro fatores que a compõem. Nos mostra quanto uma pessoa é autonômica ou sociotrópica, além de dar bons resultados no trato com os pacientes depressivos uma vez que eles estão comprometidos também na vértice de FUTURO, além das vértices EU e MUNDO.
Assim como os anti depressivos hoje são utilizados como ferramentas farmacológicas na ansiedade, a fórmula pode ser usada como ferramenta cognitiva na depressão e na desesperança.

Até mais. Arnaldo.

Pergunta: Porque dizemos pensamento negativo?

Porque está fundamentado em conteúdos que podem causar mal estar ao indivíduo.

Exemplos:

Tive uma perda significativa e estou me sentindo mal (tristeza).

Terei uma perda significativa e me sentirei mal (ansiedade).

Tive, estou tendo ou terei uma perda significativa e um mal estar por ser violado (irritação).

Podemos ter uma perda significativa de peso (obesidade) e nos sentirmos bem (alegria, esperança, etc).

Até mais. Arnaldo.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Pergunta: Quando iniciou o CTC Bauru?


Criei o Centro de Terapia Cognitiva de Bauru em março de 2002, com a missão de Formar e Informar TC, ou seja, formar Terapeutas Cognitivos e informar pessoas em geral sobre a Terapia Cognitiva. Desde então venho cumprindo esta proposta ministrando cursos de introdução e formação, workshops dos mais variados temas só para profissionais formados ou em formação de TC, palestras ao público em geral aqui no CTC Bauru ou em instituições como universidades, empresas, escolas, igrejas, presídios, etc, supervisões individual e grupal aqui e no ITC - Dra Ana Maria Serra, além, é claro de atendimentos clínicos.
Atualmente estamos estudando a possibilidades de novos empreendimentos os quais compartilharemos em breve com nossos parceiros. Seja nosso parceiro, cadastre-se no http://www.ctcbauru.com.br/. Arnaldo Vicente, desde 1999 fazendo TC.

Pergunta: Qual a sua sugestão para uma boa avaliação periódica?

Resposta: Considero-a um dos momentos mais importantes do nosso trabalho, pois permite que paciente e terapeuta possam ter uma visão realista do andamento do processo terapêutico: o que foi trabalhado, o que se conseguiu e o que deve ser realinhado. Também nos permite ter um feedback sobre como a nossa aliança está contribuindo na terapia. Entendo também, que é um momento onde possamos trabalhar com a flecha ascendente, de Judith Beck, questionando o que o progresso alcançado significa para a vida do paciente e o que revela sobre ele; ou seja, é uma ótima oportunidade para estimularmos implícitamente a construção de crenças alternativas.

Eu utilizo a mesma folha da LPM (problema/meta/submetas) para registrar os comentários do paciente sobre um problema específico e um formulário (do CTC Bauru) para a visualização geral do andamento das metas.
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EX: Paciente X.
Problema: Dificuldade de dizer não.
Meta: Dizer não, sem a preocupação de que serei rejeitado.
Sub metas: analisar a minha meta na situação e avaliar o custo/benefício de dizer não...

Avaliação Periódica: Tenho conseguido avaliar as situações percebendo a importância de me posionar de acordo a alcançá-la. Minha preocupação com o outro diminuiu e tenho me sentido mais aceito e feliz. Não fico o tempo todo querendo adivinhar como o outro vai reagir.
Isto tem sido importante para a minha vida e tenho me sentido uma pessoa de valor, mais estimada.
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Avaliação Periódica Geral da LPM

Nome: X Data Início da Psicoterapia: 00/00/2009

N.º METAS Início % Data 1ª. % Data 2ª % Data Quero evoluir até:

1- Dizer não... 20% 55%


A avaliação periódica deve ser feita entre a sexta e a oitava sessão e devemos aplicar neste momento, também, os inventários e a escala de empatia.

Boa avaliação. Arnaldo.

Pergunta: Como você fala da importância do trabalho com evidências (usadas no desafio de pans).

Resposta: Martin Seligman utilizou a figura de Sherlock Holmes para ilustrar a importância das evidências na TC com crianças e adolescentes. A TC Zélia adaptou para a realidade brasileira. Veja como ficou:

Histórias Cognitivas: os dois detetives diferentes: Cap 1: Quem roubou meu walkman?


Os dois detetives diferentes.

- Cada detetive tem uma forma de trabalhar com os fatos.
- Qual deles você contrataria se precisasse de ajuda?

Era uma vez numa cidade muito parecida com São Paulo, uma menina de 10 anos que trouxe para a escola seu novo walkman, que tinha acabado de ganhar. Era um belo walkman, ou seja, ela poderia ouvir suas músicas prediletas enquanto viesse no ônibus da escola, na hora do recreio ou mesmo nas aulas vagas em que algum professor faltasse.
Quando ela entrou em aula, sua professora pediu para que deixasse seu aparelho no armário do lado de fora da classe, onde ficavam as mochilas e ela assim fez.
Quando chegou a hora do recreio ela foi correndo até sua mochila, ansiosa por pegar seu walkman. Ela mal podia esperar para ouvir suas músicas e mostrá-lo para algumas amigas que ainda não o tinham visto.
Mas espere aí! O que foi isso? Quando ela procurou na mochila e no armário onde ela o tinha deixado, ele simplesmente não estava lá, tinha desaparecido.
- “Oh! O meu aparelho novinho de CD portátil, como ele foi desaparecer assim?”, disse ela, começando a chorar. “Eu estou muito, muito triste!”.
Mariana, esse era o nome da menina, foi se queixar para a professora, e ela e várias amigas foram ajudá-la a fazer uma reclamação para a diretora.
A diretora prometeu providenciar uma solução imediata e assim fez.
Uma hora depois, no próximo intervalo, um homem apareceu para falar com ela. Tinha uma aparência muito estranha usando um chapéu e uma capa. Ela não reconheceu o homem. Ela nunca o tinha visto antes.
“Por favor, não fique assustada, pequena criança. Eu sou o detetive contratado pela escola para descobrir o paradeiro de seu walkman. Sou o famoso, o grande detetive Sherlock Gomes.”
“Sherlock Holmes?” – perguntou a garota.
“Não, eu sou Sherlock Gomes mesmo” – o detetive respondeu, com um certo aborrecimento em sua voz. “Não sei porque todo mundo me confunde com esse cara”.
Mas, tudo bem. O importante é que eu sei quem roubou seu walkman. Foi o famoso “Daniel, o terrível”.
“Nossa! “ disse a menina, “ mas isso foi muito rápido! Como você descobriu quem roubou meu aparelho tão rápido?”
“Oh! Não foi muito difícil. Ele foi o primeiro nome que apareceu em minha cabeça, por isso deve ser ele!”
E com isso, Sherlock Gomes voltou-se e foi embora.

Mas nossa história ainda não terminou, porque justamente então apareceu na cena o famoso, o verdadeiro Sherlock Holmes.

Ele tirou sua capa, arrumou seu boné e declarou: “Eu não concordo com o que aquele Sherlock Gomes disse. Eu sou o famoso, o ousado, o fantástico, o único sobre quem escreveram livros. Eu sou o verdadeiro Sherlock Holmes!”.
A garota pensou que ele parecia um pouco arrogante e exibido, mas ela precisava de sua ajuda. E o detetive continuou falando: - “Então, minha amiga, eu não concordo com esse Sherlock Gomes, afinal que tipo de detetive é ele? Simplesmente acredita no primeiro nome que lhe veio à mente? Um bom detetive faz uma lista de suspeitos e então vai procurar evidências para apanhar o ladrão”.
Eu estou pronto a procurar por pistas e evidências, e quando eu retornar eu direi a você quem realmente roubou seu aparelho”. E com isso, Sherlock Holmes colocou sua capa, arrumou seu boné e encaminhou-se para fora da sala.
“Que homem estranho!” A garota comentou. “ Mas ele parece sério em seu trabalho”.
Algumas horas mais tarde, quando a garota estava brincando em sua casa, no jardim, ela ouviu um estranho barulho. Ela olhou em volta e viu que diante dela estava ninguém menos do que o detetive Sherlock Holmes.
“E aí?” Disse a garota, você descobriu quem roubou meu aparelho?”
“Sim. Primeiro eu pensei que talvez fosse Daniel, o terrível, mas quando eu procurei por evidências eu percebi que Daniel estava suspenso e não estava na escola no dia em que seu aparelho sumiu. Assim não poderia ter sido ele”.
“Então eu pensei que talvez tivesse sido o João Perigoso. Mas quando eu procurei por evidências eu soube que ele estava jogando cartas com outros longe de sua classe, no momento em que seu aparelho foi roubado. Não poderia ter sido ele”.
Então eu decidi investigar a Betty Bagulho. Quando eu procurei por evidencias eu encontrei algumas pistas. Primeiro eu achei uma tiara com as iniciais BB caída dentro do armário, perto de onde você guarda sua mochila. Então eu fui até a casa de Betty Bagulho, e sua mãe me contou que Betty estava ouvindo música num novo walkman que ela ganhou na escola por bom comportamento.
Eu procurei pela vizinhança até achar Betty e então, ali estava ela, exibindo seu walkman para as crianças da rua.
“Oh! Sherlock Holmes”, disse a garota, “você é incrível! Você é muito mais esperto que Sherlock Gomes. Por favor, Detetive Holmes, você pode me devolver o meu walkman agora?”
Sherlock Holmes olhou para baixo e começou a gaguejar.
“Ah! Bem, eu não disse exatamente que peguei seu aparelho de volta. Aquela Betty é horrivelmente grande e, realmente muito assustadora. Eu acho que seria melhor você pedir a seus pais que recuperem seu walkman para você.”
E com isso o grande Sherlock Holmes vestiu sua capa, arrumou seu boné e se foi”.
Fim.
Autor: Martin E. Seligman, adaptação Zélia, 2004.



Minha resposta: Eu contrataria o:

( ) Sherlock Gomes. ( )Sherlock Holmes.

Porque…

Até mais. Arnaldo.

Pergunta: Como você fala dos erros cognitivos?

Resposta: Elaborei estas informações que entrego em uma folha de sulfite e sugiro que a tenha sempre com ele.

ERROS COGNITIVOS TíPICOS

Quando nos deparamos com uma situação nós a avaliamos de imediato, ou seja, nós temos um pensamento automático sobre ela. Este pensamento automático determinará que tipo de emoção sentiremos e influenciará qual o comportamento que teremos naquela situação. Isto porque temos uma tendência a acreditar em nossos pensamentos e desta forma preservarmos o nosso controle e até a nossa sobrevivência. Pensamentos podem ser automáticos e elaborados, positivos ou negativos, verdadeiros ou falsos quanto à situação real. Em terapia cognitiva aprendemos a identificar e avaliar nossos pensamentos automáticos negativos sobre as situações. E desta forma, podemos verificar e corrigir possíveis pensamentos distorcidos que construímos por conta de nossa avaliação imediata, que estejam alterando o nosso humor e até prejudicando a realização de nossos objetivos. Afinal, pensamentos de perda nos levarão a sentir tristeza e até transtorno de depressão; pensamentos de ameaça insuportável nos levarão a sentir medo e até transtornos de ansiedade; pensamentos de violação de regras nos levarão a sentir irritação e até raiva ou ódio. As distorções encontradas no pensamento automático negativo (p.a.n) são denominadas de erros cognitivos. Todas as pessoas cometem erros cognitivos, em algum momento, mas poucas os identificam e os corrigem. Abaixo apresentamos uma tabela dos principais erros cognitivos identificados por Aaron T. Beck, o criador da terapia Cognitiva, na década de 1960. Identifique os possíveis erros que você esteja cometendo e peça ajuda ao seu terapeuta para corrigi-los. Elaboração Arnaldo Vicente – Coordenador do CTC Bauru – http://www.ctcbauru.com.br/ – (14) 3227 1473.

Recorte .........................................................................................................................................................................................................................
ERROS COGNITIVOS COMUNS

01- Tudo ou nada - você vê uma situação em apenas duas categorias em vez de contínuo.
02- Catastrofização – você prevê o futuro negativamente sem considerar outros resultados prováveis.
03- Supergeneralização - você tira uma conclusão negativa radical que vai muito além da situação.
04- Argumentação emocional - você pensa que algo deve ser verdade porque você ¨sente¨, mesmo desconsiderando evidências contrárias.
05- Leitura mental - você acha que sabe o que estão pensando de você.
06- Personalização - você acredita que os outros estão se comportando negativamente devido a você.
07- ¨eu devo, você deve¨ - você tem uma idéia exata estabelecida de como se deve agir e superestima quão ruim é que essas expectativas não sejam preenchidas.
08- Visão em túnel – você vê apenas os aspectos negativos da situação.
09- Filtro mental - você presta atenção indevida a um detalhe negativo ao em vez de considerar o quadro geral.
10- Desconsiderando o positivo – você crê que as experiências, atos ou qualidades positivos não contam.
11- Rotulando – você não observa que as evidências possam ser razoavelmente conduzidas a uma conclusão menos desastrosa.
12- Magnificação/ minimização – você magnífica o negativo e/ou minimiza o positivo.

e leve no bolso.............................................................................................................................................

Número dos erros cognitivos que percebi que tenho cometido:

Até mais. Arnaldo.

sábado, 29 de agosto de 2009

Pergunta: Posso fazer perguntas diferentes para os mesmos objetivos terapêuticos?

Sim, exemplo: quando percebo pacientes muito ativados na sessão, de ansiedade principalmente, eu procuro criar perguntas que pareçam as mais informais possíveis, sem dar um caráter formal. Meu objetivo é contribuir para manter a valência emocional no discurso cognitivo do paciente e desta forma compreender melhor o seu verdadeiro estilo cognitivo.

Pergunta proposta por Judith Beck no desafio de pans para chegar a crença: - Qual o significado do pan?

Note que a pergunta tem efeito geral e busca revelar a crença e os caminhos para a reestruturação cognitiva.

Com pacientes muito ansiosos que ficam muto ativados com esta pergunta eu formulo estas perguntas alternativas:

1- ...se você levar adiante este pan o que vai acontecer com sua vida? ...
e o que este acontecimento revelará sobre sua pessoa?

ou..

2- ...se você continuar acreditando neste pensamento o que vai acontecer na sua vida? E o que você vai pensar a seu respeito?

3- ...se você levar adiante este modo de pensar como será sua vida?... como você vai se sentir e e o que vai pensar a seu respeito.

Para o gerenciamento de sintomas procuro ser mais direto com esses pacientes, principalmente, ao invés de perguntar qual era sua meta e se o pan atrapalhou sua meta, como propõe J.Beck, tenho perguntado de modo pragmático:

1- Se você continuar a pensar assim (pan) ainda vai alcançar o que você queria (meta na situção)?

Enfim, podemos ser criativos quanto a forma de alcançar nosso objetivo terapêutico na sessão sem prejudicar a estrutura da proposta de TC.

Até mais. Arnaldo.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Pegunta: Porque continuamos a fazer o que não queremos?

Porque queremos, porque faz parte de uma meta ou regra hierarquicamente vista como mais importante para o equilíbrio de um esquema. Ao cuidar de uma pessoa em uma situação específica poderíamos relaxar estes cuidados logo depois de resolver a dificuldade específica; no entanto insistimos nestes cuidados e passamos a ter atitudes de superproteção com a mesma. Não queríamos investir em superproteção, mas se não investirmos nos sentiremos incomodados, ou seja, ativados por uma crença básica.

Até mais . Arnaldo.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

É verdade que do nada as pessoas tem síndrome do pânico?

Não. As pessoas tem sindrome do pãnico por acreditar em suas cognições; que na verdade são avaliações equivocadas e sem fundamento sobre o seu funcionamento físico. Estas cognições dizem que o corpo está mal e vai piorar progressivamente. O que não é verdade. O que ocorre é apenas uma resposta orgânica à mensagem de ansiedade natural recebida pelo cérebro. Esta mensagem é parecida as vivenciadas pelos atletas no aquecimento voluntário antes de uma competição funcional.

Até mais. Arnaldo.

Pergunta: O que é o efeito paradoxal na ansiedade?

É quando o resultado obtido é justamente o contrário do que gostaríamos de evitar. Exemplo: queremos aprender a nos proteger do medo, mas quanto mais o evitamos mais ele aumenta e nos amedronta. No caso de evitar um medo real isto é funcional, no caso do medo imaginário isto é disfuncional. É o caso da ansiedade generalizada, da síndrome do pânico, da agorafobia, da fobia social, do medo na depressão,do medo de dirigir, etc. Os comportamentos de proteção, nestes casos, são chamados de disfuncionais. Eles aumentam a nossa disfuncionalidade. Precisamos ir na direção deles para descobrir que não são reais.

Até mais. Arnaldo.

Pergunta: É possível ter mais de um esquema primário?

Sim, é possível ter vários esquemas. É possível inclusive que na dinâmica da personalidade um esquema também se apresente como estratégia compensatória de outro.
Exemplo:
1 - Vamos considerar uma pessoa que tinha um esquema aparentemente de inadequação;
2- Ela importava-se em não ser vista como inadequada;
3- Ela tinha muitas atitudes para se esquivar deste esquema;
4- Mas, ao entender que não poderia esquivar-se de ser vista como inadequada
5- Agia de forma a não se importar mais se seria vista ou não.

Geralmente o esquema se mostra ativado tanto para evitar o conceito (sou inadequado) quanto para se promover no conceito (sou só adequado). Sua estrutura é absoluta, rígida, geral, permanente e primitiva.

Quando se mostra de forma unilateral é um sinal de que ele não é um esquema, mas sim uma estratégia compensatória.

No exemplo desta pessoa, onde ficou claro que de alguma forma ela suportaria ser vista como inadequada ( menos de 100% não é crença) procurei acompanhar que outro esquema ela responderia de forma absoluta;

Isto aconteceu ao estar diante de situações de ser vista como incompetente.
A questão não era apenas ser vista, mas também ela se ver assim;

A tristeza ganhou a intensidade de depressão, ou seja, a cognição não era de perda específica, mas total por incompetência dela, ou seja, por Personalização interna).

O que foi confirmado por sua história: de vinculo imediato com pessoas de estatus de competência, até que o efeito paradoxal do esquema se evidenciasse.

Até mais. Arnaldo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Pergunta: Porque é preciso ser funcional?

Porque temos cognições que podem colaborar ou prejudicar o nosso funcionamento quanto avaliar o real e realizar nossas propostas ou objetivos.

Até mais. Arnaldo.

Pergunta: O que quer dizer Terapia Cognitiva?

Terapia significa cuidados.
Cognitiva deriva de cognição que significa idéia, pensamento, crença, valor, sensação, imagens, etc.
Terapia Cognitiva então é a mesma coisa que cuidados com o modo de pensar.

Até mais. Arnaldo.

Pergunta: O que são os PANs?

São os pensamentos automáticos Negativos. Eles, como está dito, são avaliações automáticas, pré-conscientes e involuntárias. Representam as crenças básicas que formamos durante a nossa história de vida; são conclusões gerais e absolutas sobre o Self, o Mundo e o Futuro.

Até mais. Arnaldo.

Pergunta: A terapia Cognitiva funciona?

Sim, funciona porque tem uma visão de funcionamento do ser humano como resultado do modo idiossincrático de processar o real. Identifica consequências dos padrões de processamento funcional e disfuncional que contribuem para a construção de uma vida saudável ou patológica. Assim como desenvolveu estatégias para reestruturar os padrões patológicos e manter os padrões saudáveis; caracterizando-se como um sistema de psicoterapia eficaz em suas propostas.

Até mais. Arnaldo.